Um romance que parte da vida da lendária Catarina Eufémia para reflectir sobre a história recente de Portugal. No epicentro da crise financeira em Portugal, um jornalista demasiado ambicioso decide provar ao seu editor - Raul Cinzas, o inveterado comunista que os leitores de Tordo conhecerão de Biografia Involuntária dos Amantes - que é capaz de muito mais do que ser um mero repórter. Aproveitando a entrevista a um biógrafo de um mártir religioso, o jornalista faz uma analogia com a história de Catarina Eufémia, a camponesa assassinada, em 1954, por um tenente da GNR a mando da PIDE. Ícone da Esquerda revolucionária, Catarina Eufémia é uma figura envolta em mistério e objecto de exaltação, mais de cinquenta anos após a sua morte. Os ânimos estão inflamados pela contestação à austeridade imposta pelo Governo, e a publicação do artigo provoca acesas reacções na opinião pública. No rescaldo da convulsão, Cinzas é encontrado em coma numa rua de Lisboa, talvez brutalizado por defender o malfadado artigo. Também o jovem jornalista, nosso narrador, se encontra a braços com uma situação pessoal e profissional precária e se interroga sobre o que existirá por trás do mito para provocar tamanhos ódios e paixões. É então que decide investigar a vida e a morte de Eufémia, procurando decifrar o nevoeiro que envolve os mitos e os mártires de que a História sempre se apodera. Inculto da dimensão da ditadura que sufocou o país antes do 25 de Abril, o que descobre no caminho é bem diferente do que esperava. Sobre a obra de João Tordo: «João Tordo tem uma capacidade enorme de efabulação que não se encontra facilmente.» José Saramago «Tal como o Nobel José Saramago, João Tordo põe em questão, com o seu talento, a crença numa identidade própria à qual nós, os humanos, estamos apegados.» Le Monde, França «Um romance que se abre em escuridão e labareda, para que nos vejamos ao espelho. » José Tolentino Mendonça (sobre O luto de Elias Gro) «Uma escrita vibrante, capaz de momentos de grande intensidade expressiva ou de inesperado lirismo.» José Mário Silva, Expresso (sobre O luto de Elias Gro) «Há-de guardar lugar próprio e intransmissível entre as melhores obras da literatura portuguesa contemporânea.» João Gobern, Diário de Notícias (sobre O luto de Elias Gro) «Tordo não dá respostas. Alimenta cuidadosamente a ambiguidade, o paradoxo, como se fizessem parte de um silêncio cujo mistério não quer desvendar.» Isabel Lucas, Público (sobre O Paraíso segundo Lars D.) «João Tordo cria dois palcos contíguos, que equilibra entre o atrevimento cruel que o realismo comanda e o clima introspectivo que dele resulta, conjugados com particular desenvoltura e absoluta eficácia.» Lídia Jorge (sobre O deslumbre de Cecilia Fluss) «Um romance extraordinário, que se lê à transparência de um talento mais do que confirmado, porventura único entre nós, na primeira linha das vozes literárias da geração a que pertence.» João de Melo (sobre O deslumbre de Cecilia Fluss) «A trilogia dos lugares sem nome, assinada por João Tordo, está entre o melhor que a literatura portuguesa nos ofereceu nos últimos vinte ou trinta anos.» Pedro Miguel Silva, Deus me livro «Uma narrativa com um cunho muito próprio e um dos registos mais pessoais e intensos desta geração.» João Céu e Silva, Diário de Notícias (sobre Ensina-me a voar sobre os telhados) «Um romance poderoso, inquietante e profundamente lírico.» Helena Vasconcelos, Público (sobre Ensina-me a voar sobre os telhados)
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